Regina Monge
"Meu nome é
Aqui estudei Comunicação Social me especializando
Desde minha graduação, sempre trabalhei na área de comunicação, iniciando em um editora, depois gráfica, agência, empresa de
Recentemente, montei minha própria agência de comunicação a VERTS Comunicação ( www.vertscomunicacao.com.br) à qual estou dedicando quase todo o meu tempo, porque assim como não é fácil ser escritor, nesse país, também não é fácil tornar-se um empreendedor de sucesso, partindo do zero.
Moro na zona sul de São Paulo e minha família continua no interior.
Sinopse:
Fazer escolhas é algo que faz parte da vida de todo mundo, e isso é algo que não tem como não generalizar. Sejam elas pequenas escolhas que fazemos até por ato reflexo, ou ainda aquelas que decidem todo o curso de nossa vida futura. Fazer uma reflexão sobre essas escolhas e as conseqüências que elas nos trazem é o que nos propõe esse livro aparentemente despretensioso de Regina Monge. A Escolha de Cada Um (2010) é um livro incomum da literatura contemporânea brasileira – trata-se de um lançamento da editora Novo Século. O livro funciona como desencadeador de reflexões, mas feito de forma criativa, principalmente pela forma como é narrado.
Logo de início o que mais chama a atenção é o narrador, que é um livro. Isso mesmo, mais um daqueles livros com narradores excêntricos, depois de Zusak usar a morte e Taty Ades o diabo, Regina usa um livro para narrar suas desventuras até se torna um best-seller. Aqui o livro ganha sentimentos e emoções bem parecidas com as nossas, fazendo com que funcione como uma alegoria, mas pode também funcionar como um marketing para o próprio livro e para o hábito da leitura. Talvez isso seja fruto da formação da autora que é comunicóloga e especialista em marketing e produção editorial. Mas não é só isso, porque talvez ficasse muito estático um livro de 160 páginas narrando apenas a “vida” de um exemplar de um livro. Então A Escolha de Cada Um (Novo Século, 160 pág.) ganha uma segunda parte, que segundo a autora veio como inspiração dez anos após ter a idéia de escrever a primeira.
Quem nunca se deparou com uma história que girasse em torno de determinado livro e ficou curioso pra saber do que se tratava seu conteúdo? Então essa é a grande jogada da autora aqui, pois é exatamente disso que se trata a segunda parte do livro. Na primeira parte ficamos conhecendo o livro esquecido do famoso e falecido autor J. Hubert até que um dia é descoberto por uma jornalista e se torna fenômeno mundial. Daí a segunda parte nos traz a história que esse livro-narrador carrega consigo e que acaba encantando a todos. Com o título de Um Novo Tempo (que parece ser o título do livro-narrador-personagem) entramos na vida de Anna, uma mulher que está no auge de sua carreira, mas mesmo assim não está feliz com sua vida pessoal, que se encontra bloqueada para o amor por conta de traumas passados.
Quando surge então a oportunidade de viajar para Petra, na Jordânia, cidade dos seus sonhos, ela se ver diante de uma nova experiência que irá marcar a mudança de toda sua vida. Ela conhece John e com ele vive um romance rápido, mas que parece firme demais. John mora em Nova York e esse é o único empecilho para o romance dos dois, alguém terá que abrir mão do seu lugar de origem para se doar ao outro e viver um grande amor. Porém nem tudo sai como esperado, Anna tem que fazer uma escolha difícil para no fim se deparar a maior das imprevisibilidades. O romance permeia o sobrenatural e o espiritualismo universal em determinado momento, mas não faz proselitismo barato, apenas nos insere em um assunto pouco comum e que é bastante curioso. Quem nunca se perguntou se coincidências realmente existem?
O livro se encerra com um final aberto, mas explicado pelo narrador, algo que mostra transcendência daquilo que ele carrega. Não digo que se trata de um livro de auto-ajuda, mas sim de um livro que desperta reflexão e nos permite acordar para momentos sublimes como esses em que temos que decidir. Além de uma bela história, é possível desfrutar de uma viagem psicológica pela vida dos personagens e na nossa própria vida pessoal. Não há quem não se identifique com pelo menos um dos setores afetados na vida dos personagens e é isso que irá garanti sua leitura até o fim.
É uma leitura mais que recomendada a todos, mas a escolha é de cada um.
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